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“Quem Somos” Dr. Cristiane B. Rodella – pesquisadora Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), que faz parte do Centro de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Eu sou física, mas com o coração de química e engenheira química e grande paixão pela catálise. Fiz graduação em física na USP de São Carlos, pois sempre gostei de exatas eprincipalmente física. No segundo ano de graduação tive a sorte de fazer iniciação científica (IC) no grupo de materiais da IFSC. Enquanto eu misturava e mexia até secar, 5 litros de solução contendo uma dezena de compostos químicas - com intuito de preparar e caracterizar poucas gramas de uma cerâmica supercondutora - eu ouvia dos meus colegas o que era processo Sol-Gel, Xerogel, aerogel, monolitos, método Pechini e porosidade e sonhava com projeto melhor em síntese química.
Um professor visitante do grupo estava à procura de alunos de IC e uma amiga da graduação tinha interesse. Marquei a conversa, fiz as apresentações e fiquei na discussão. Então o professor começou a falar sobre catálise heterogênea, catalisadores ativos e seletivos, área superficial, estrutura cristalina, grupos superficiais e aimportância científica e o impacto industrial que essa área trazia. Então não me contive e gritei: essa bolsa é minha!! Assim começou meu trabalho com o Prof. Ariovaldo Florentino (já falecido) e Profa. Margarida J. Saeki (UNESP-Botucatu) que durou IC, mestrado e doutorado. Porém, em cada etapa o projeto ficava mais ousado na catálise para uma física, então tinha que pedir ajuda.
Assim comecei a interagir com grandes nomes nessa área em São Carlos, a Profa. Elisabete Assaf, o Prof. Dilson Cardoso, Prof. Mansur, Prof. José Maria C. Bueno e a Prof. Clélia M. P. Marques. Foram cursos, discussões, pedidos de análises de TPR, socorro com a minha instalação de reação catalítica e muito aprendizado. No final do doutorado, o Prof. Valmor R.Mastelaro foi contratado no grupo que eu trabalhava na IFSC e passou a ser meu co-orientador. Ele incentivou enviar proposta para o recém-aberto LNLS e eu sem saber onde isso ia dar, aceitei. Chegando lá para os experimentos de XAS, já não queria mais sair.
Terminado o doutorado, fui para mais um desafio na catálise, pós-doc com a Prof. Regina Buffon no IQ-UNICAMP. Lembro que tive que procurar na tabela periódica se o rênio, sítio ativo do meu catalisador, realmente existia, pois nunca tinha ouvido falar. Aprendi a secar reagente, trabalhar com Schlenk, trabalhar com adsorção de piridina para estudar sítios ácidos e é claro, fiz ótimas amizades nos pedidos de socorro com a Prof. Heloise Pastore (Lolly) e o Prof. Ulf Schuchardt e muitos alunos da época.
Passei um ano como pós-doc do grupo do Prof. Oswaldo L. Alves (IQ-UNICAMP) e tenho muito a agradecer ao seu entusiasmo, motivação e as grandes amizades feitas neste grupo. Então apareceu uma vaga para pesquisador em catálise no LNLS para trabalhar em projeto industrial com a Prof. Daniela Zanchet. Apliquei e fui selecionada. Acho que haviaescrito isto “nas estrelas” no dia que fui fazer meu primeiro experimento lá!! Passei por projetos em colaboração com várias indústrias, passando por várias técnicas de caracterização usando luz síncrotrone aprendendo sobre diferentes catalisadores e suas propriedades físicas e químicas.
Após uma grande reestruturação no LNLS, passei a ser pesquisadora e a estar conectada ao grupo de difração de raios X. Nesse momento, decidi trabalhar com catalisadores à base de carbetos de tungstênio para conversão de biomassa. Então minha amiga Dr. Silvia F. Moya alertou, que eu tinha que conhecer e colaborar com o Prof. Victor Teixeira (saudoso) do PEQ-NUCAT-UFRJ. Após um email, já estava co-orientando alunos, fazendo projetos em parceiras e indo frequentemente à UFRJ para reuniões e bancas. Assim fui apresentada a Dora, a Luciana, a Sibele e mais tarde a Katia (diretoria feminina da SBCat), entre muitos outros pesquisadores e alunos que tive o prazer de conhecer e interagir.
Passei a ser líder do grupo de XRD, coordenar a linha XPD do Sirius e ao mesmo tempo trabalhando com catalisadores para conversão de biomassa. Porém, ficava cada vez mais claro que a minha atuação direta, na síntese de catalisadores e reações catalíticas, estava além da minha competência de coração na química e na engenharia química. Além disso, as oportunidades e demandas para o desenvolvimento de instrumentação para experimentos in situ e operando de catálise no LNLS, cresciam e me atraiam cada vez mais. Assim fui fechando uma porta e abrindo outra, bem mais confortável e factívelcom meu trabalho dentro do LNLS.
Nesse contexto, o Sirius (fonte de luz síncrotron de 4a geração) também foi se materializando e ficando cada vez mais evidente a mudança de paradigma na interação e atuação dos usuários da catálise com o Siriusque teria (terá) que acontecer. Além, de se abrir diante de mim um “universo” de oportunidades de novos e desafiadores projetos científicos para a catálise nessa fonte de luz síncrotron poderosa e de ponta. Agora então, tenho o melhor emprego em ciência, segundo meu ponto de vista, pois estudo constantemente sobre novas técnicas de caracterização usando fontes de luz como o Sirius, pesquiso sobre os desafios e oportunidades em instrumentação para experimentos in situ e operando para a catálise e outros materiais funcionais. Aplico estes conhecimentos na montagem da estação que irei coordenar no Sirius (Paineira – Powder X-rayDiffraction). Expando estes conhecimentos para outras linhas de luz do Sirius, principalmente as da divisão científica que faço parte, Divisão de Materiais Hierárquicos e Heterogêneos (DMH).
Finalizo meu texto do “Quem Somos” com o melhor de tudo na minha trajetória científica.Tenho o privilégio de atender a comunidade de catálise brasileira, como usuários, colaboradores, visitantes, curiosos, alunos e amigos. Nestes 15 anos de LNLS, já estou na terceira geração de catalíticos, ou seja, do aluno, do aluno do professor. Todos fizeram e fazem o que sou na ciência e na catálise e sou muito feliz!
Quem sou eu? Sinceramente, ainda não descobri e nunca parei para pensar sobre isso. Fui simplesmente seguindo o curso das águas. Nasci no Rio de Janeiro, mas não sou carioca tão da gema assim. Gosto de dias bonitos, mas não suporto calor kkk. A química entrou na minha vida por acaso pois queria fazer um segundo grau profissionalizante e perto de casa. Daí, ou cursava formação de professores (antigo normal) ou técnico em química. Como sempre gostei mais de exatas, não tenho habilidade com trabalhos manuais, escolhi a química e me identifiquei.
Foram anos intensos e de muito estudo, mas ao fazer um teste vocacional, no último ano e antes do vestibular, o resultado foi “Comunicação”. Comprei o caderno de inscrição para o vestibular unificado, preenchi para tentar comunicação e sem pensar, mas a noite acordei nervosa e chorando, não era isso que eu queria realmente e acordei meu pai que com toda calma disse que compraria outro caderno e que eu escutasse o meu coração (na verdade minha mente) e escolhesse o curso que me realizasse como profissional e me fizesse mais feliz. Escolhi Engenharia Química e foi minha irmã que achou o meu número no jornal aprovada para a UFRJ. A primeira vez que entrei no campus do Fundão me senti uma formiguinha naquela imensidão. Hoje o CT é uma extensão da minha casa e, desde 1982 acho que passei mais tempo por lá do que em casa.
Entrei no mesmo semestre que o Victor Teixeira e o Fábio Bellot mas a amizade só veio mesmo durante a pós graduação no Programa de Engenharia Química da COPPE. Fiz iniciação científica no LADEQ/EQ com o Professor Ricardo Medronho e quando ele me levou ao porão do PEQ para conhecer eu pensei com meus botões que nunca trabalharia naquele lugar. Paguei a língua e passei uma vida naquele porão e não me arrependo pois foram anos de muito conhecimento, amizade, lágrimas e alegria. Meu estágio foi realizado no INT, na área de polímeros e a catálise só entrou na minha vida durante os créditos do mestrado quando o Professor Martin Schmal, ao dar o curso de cinética, falava com paixão da catálise e convencia qualquer aluno, ainda indeciso, como era o meu caso, a seguir por esse caminho.
Quando terminamos os créditos, em 1987, ele conseguiu inscrições para irmos ao Seminário Brasileiro de Catálise, em Canela/RS. Eu e mais 3 amigos, entre eles o Bellot que já estava decidido desde sempre, topamos ir. Foi meu primeiro encontro de catálise e também paixão à primeira vista. Palestras de alto nível e em um ambiente acolhedor e familiar, mesmo com as discussões acirradas durante as apresentações. Fui integrada ao grupo do NUCAT (ainda RCA), presente no evento, mesmo sem ter uma decisão final sobre a área da minha dissertação, e começou ali as minhas sessões de fotos dos Congressos de Catálise. Voltei com a decisão tomada e apaixonada por aquele ambiente, ciência de qualidade com alegria e amizade. Claro que tem divergências, mas qual família não tem? Fiz meu mestrado na área de desativação de catalisadores de HDT sob a orientação do Professor Schmal, que me ensinou a ter persistência e paixão pelo trabalho, e pelo Professor Roger Frety, com quem aprendi que todo resultado é importante desde que compreendido e explicado. Naquela época fui convidada pelo Schmal e pelo Frety a integrar a equipe de um projeto com a Salgema, em paralelo a minha dissertação, mas em tema similar, e isso foi excelente para minha formação já que transitava entre estudos fundamentais e uma visão prática de aplicação em condições reais. Nessa época tivemos que montar uma unidade do zero e tive a ajuda do Químico Antonio Jose de Almeida (Macarrão) que foi essencial para o desenvolvimento da minha tese e do projeto e nasceu aí uma parceria de trabalho que dura até hoje, além de toda a equipe do NUCAT, fundamental para o sucesso de qualquer trabalho do grupo. Terminei o mestrado e iniciei o doutorado em seguida, sob a orientação do Professor Schmal e agora na área de catálise ambiental. Novamente, desenvolvi minha tese e em paralelo fiz parte da equipe de projetos na área ambiental.
Essa rotina sempre com adrenalina lá em cima foi um desafio e apaixonante, apesar de muitas vezes desgastante. Como nunca fui de programar as coisas, mas seguir o curso das águas, assim que terminei o doutorado Schmal me convidou para continuar trabalhando com ele nos projetos. Inicialmente como bolsista e depois fui contratada como pesquisadora pela Fundação Coppetec. Foram mais de 20 anos de parceria tanto em projetos como na orientação de alunos. Trabalho produtivo e, também, com divergências que fazem parte do crescimento pessoal de todo ser humano. Como pesquisadora continuei a pareceria com o Victor Teixeira (meu amigo e irmão de coração) também em diversos projetos e dividindo algumas orientações. Por focar minha história profissional em projetos Universidade/Empresa transitei por várias áreas como HDT, Catálise ambiental, produção de hidrogênio, polimerização, desativação de catalisadores FCC, controle de emissões DeNOx/DeSOx e Fischer-Tropsch (que caiu de paraquedas nos meus ombros e se tornou mais uma paixão).
Trabalhar em projetos com foco nos testes de avaliação me fez permanecer quase que a totalidade do tempo nos laboratórios do NUCAT e, como consequência natural, acabei auxiliando em várias teses, mesmo as que eu não tinha uma pareceria direta. Essa troca foi fundamental para o meu crescimento profissional e, principalmente, como ser humano. Ajudei e aprendi muito. Como não existia a barreira formal de hierarquia a troca de experiências fluía naturalmente. São tantas pessoas que passaram por ali que eu seria injusta em citar nomes pois esqueceria alguns. Tenho amigos de verdade de todas as idades e gerações diferentes e como é bom encontrá-los nos congressos da vida e sentir que a amizade ainda é a mesma. Além dos laboratórios, a copa é um local fundamental para o desenvolvimento de qualquer trabalho. Durante um simples café a gente muda uma tese, discute resultados, chora, ri, levanta o astral e continua a jornada. Tenho carinho por todos os que passaram e os que continuam fazendo parte da minha vida. Fui madrinha de casamentos, testemunha de romances, madrinha de batismo (Nathalie já está uma moça linda e é meu orgulho). Ciência de qualidade em um ambiente familiar. Isso é que me dá força para continuar, mesmo diante de adversidades. Com o falecimento precoce do Victor, uma pessoa foi fundamental para eu continuar minha jornada, foi a professora Lídia Chaloub (obrigada de coração pelos conselhos em um momento tão delicado) e segui minha jornada junto com a Professora Vera Martins Salim, que o tempo e as circunstâncias estreitaram os laços profissionais e de amizade. Tenho muito orgulho de pertencer ao grupo do NUCAT e ao ver, atualmente, novas lideranças despontando, me dá a certeza da continuidade de um trabalho fecundo, conjunto e de muito sucesso.
Após aquele primeiro Seminário de Catálise em 1987 eu passei a tirar fotos em todas as edições posteriores e acho que muita gente me conhece como a fotógrafa ‘louca” contatada pela SBCat que fica tirando foto das mesas e que a grande maioria nunca tem acesso. Passei a integrar a Sociedade mais efetivamente quando o Professor Dilson Cardoso me convidou para assumir a subsecretaria de comunicação. A ideia dele era movimentar a sociedade com boletins periódicos. Como tudo era muito limitado na época eu consegui colocar a logo no corpo do meu e-mail e assim nasceu o Informativo SBCat. Muita coisa mudou, novas diretorias, mas eu continuava lá com os Informativos SBCat. Em 2011, Marco Fraga me convidou para compor uma chapa para a regional 2 como secretária de cursos, publicações, informativos e eventos. Trabalhamos juntos por 2 mandatos, junto com Fátima Zotin, Lisiane e Morgado voltamos a promover cursos e colocamos a regional nas redes sociais, criando a página no facebook. Continuei na regional até 2019, agora sob a supervisão do Claudio Mota, quando a Sibele me convidou para integrar a chapa da SBCat em 2019, representando a regional 2. Aceitei, inicialmente, como uma homenagem ao Victor mas a o que seria uma parceria profissional se tornou uma grande amizade. Hoje somos um quarteto (Sibele, Katia, Cris e eu), ou melhor, um quinteto porque Lu é nosso braço direito e esquerdo kkk, de amigas que vibram com cada postagem ou evento da Sociedade. Professor Dilson não sei se é isso que você imaginou, mas sempre lembro de você quando movimentamos a página e as redes sociais.
Quem sou eu? Sou a Maria para o pessoal da padaria e do telemarketing, sou Auxiliadora para minha mãe, Dora ou Dorinha para os amigos e familiares, M. A. S. Baldanza nos artigos, a doida que tira fotos nos CBCats e vai de mesa em mesa mesmo sem conhecer algumas pessoas kkk, sou alguém ainda pelo caminho ensinando e aprendendo para um dia, quem sabe, encontrar essa resposta.
Um dica: façam tudo na vida, mesmo as mais trabalhosas e rotineiras, com paixão.
Termino com trechos do poema “A idade de ser feliz” que mostra como estou encarando a vida atualmente.
Existe somente uma idade para a gente ser feliz
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-los
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos
Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo nem culpa de sentir prazerEssa idade, tão fugaz na vida da gente,
chama-se presente,
e tem apenas a duração do instante que passa ...
... doce pássaro do aqui e agora
que quando se dá por ele já partiu para nunca mais!
Geraldo Eustáquio de Souza
Realmente é muito difícil falar de si mesmo e falar pouco, mas vou tentar esperando não esquecer de ninguém que me ajudou na minha trajetória. Sou natural de Porto Alegre (nascimento 15/03/1968), tive a oportunidade de ter uma boa formação escolar e apoio familiar, o que resultou em eu fazer o curso de Engenharia Química na UFRGS. Na época era muito difícil entrar numa federal e lembro de isso ser um dos primeiros grandes desafios na minha vida, que levou muita dedicação e estudo de minha parte. Juntamente com a Engenharia Química eu fazia faculdade de Música (Piano). Mas para a alegria de muitos ouvidos, acabei por deixar a música e me dedicar exclusivamente a engenharia química. Nesta época, estou falando entre os anos 1985 a 1990, não havia de forma consolidada a Iniciação Científica, então se fazia de forma voluntária ou com bolsas de Monitoria.
Eu tive a oportunidade de ser monitora de Química Analítica Qualitativa e fazer pesquisa com a prof. Maria Augusta de Lucca. Na época fazer uma revisão bibliográfica, significava ficar semanas na biblioteca olhando resumos de artigos no Chemical Abstracts que era vários volumes (tipo enciclopédia, talvez muitos de vocês nem saibam o que é isso). Depois de selecionar os artigos pelos resumos a gente pedia via COMUT uma cópia, que as vezes demorava meses para chegar. Hoje em dia a facilidade de acessar artigos é tão grande que falta tempo para ler.... Também fiz monitoria de Geometria Analítica (essa foi só monitoria mesmo) e monitoria de Físico- Química desenvolvendo pesquisas com a prof. Yeda Dick. Também durante a universidade tive a oportunidade de estagiar no polo petroquímico de Triunfo em duas empresas: a COPESUL que era de primeira geração e a PETROFLEX de segunda geração. Foram experiências maravilhosas, andar numa planta, ver os processos, foi muito empolgante. Nesta época de faculdade fiz amizades que duram até hoje, com o José Ribeiro Gregório (Zeca) e a Katia Bernardo Gusmão.
Quando finalizei o curso de Eng, Química (me formei dia 28 de dezembro de 1990) resolvi fazer mestrado, pois ainda tinha dúvidas se seguia a vida acadêmica ou industrial. Das possibilidades que tinha na época acabei escolhendo ir para Maringá – PR para fazer o mestrado (1990 – 1993). Fui da Primeira turma do Mestrado em Engenharia Química da UEM (a primeira a defender), fui orientada pelo Dr. Renato Sprung e era companheira de laboratório (reatores vizinhos) da Nádia ReginaCamargo Fernandes Machado (que acabamos sendo muito amigas e companheiras de vários congressos na área de catálise). Com a orientação do Renato Sprung aprendi muito, ele era aquele tipo de orientador que você ia com uma dúvida para tirar e saia com 10 (kkk). E com isso aprendi a pensar, a programar experimentos e sentir que era capaz de desenvolver qualquer pesquisa que me dessem como desafio. Tenho um carinho muito grande pelo Renato Sprung, foi realmente um orientador, um mentor, um pai. O meu mestrado eu fiz em Argilas Pilarizadas, tema que até hoje tenho muito carinho e trabalho. Durante o meu mestrado tive a oportunidade de fazerum curso do Giuseppe Giannetto na UFSCAR, nesta época conheci o Eledir Vitor Sobrinho que me ajudou muito nas análises das minhas argilas pilarizadas (na minha dissertação nos anexos aonde coloquei todos os difratogramas de Raios X aparece o operador Eledir, kk). Até hoje somos amigos, e para minha felicidade, colegas de trabalho.
Nesta mesma época conheci ao Alexandre Leiras que é meu amigão até hoje e que tenho que agradecer inúmeros apoios que ele sempre me deu nas minhas decisões (uma foi de fazer o concurso da UFRN). Eu acabei indo muito a São Carlos, para assistir defesas de teses, fazer análises etc. Conheci muita gente que até hoje tenho amizade se eu for citar todos, com certeza vou esquecer de alguém. Quando defendi o meu mestrado chamei o Dilson Cardoso para a banca (afinal eu ia tanto a São Carlos que me sentia um pouco do grupo também). Na época eu já tinha sido aceita para fazer o doutorado integral em Argilas Pilarizadas com a Sagrário Mendioróz em Madrid - Espanha. Mas durante a minha defesa de mestrado, o Dilson Cardoso me perguntou por que eu não ia para Valência que lá tinha um pesquisador chamado Avelino Corma que trabalhava com zeólitas. Eu já tinha feito o curso do Giannetto, achava o tema interessante, achei que poderia ser uma boa aprender um assunto novo. E acabei escrevendo para o CNPq e solicitando mudar a minha bolsa para em vez de eu ir para Madrid com a Sagrário ir para Valência com o Corma. São decisões que a gente toma, sem saber que resultados vamos ter.
Se eu tivesse ficado com a Sagrário teria sido colega de laboratório do Karim Sapag (que no final nos encontramos em congressos na Espanha e fizemos amizade nesta mesma época). Bom, então fui para Valência fazer meu doutorado integral. Nesta época já namorava há uns 4 anos (por carta) meu futuro marido Lucas (Argentino) e achei complicado ficar mais 4 anos longe (agora com o “charco” separando-nos) e dei um ultimato, “ou vens ou terminamos”. No final ele foi para Espanha e nos casamos em Valência. Lá eu desenvolvi a minha tese de Doutorado no Instituto de Tecnologia Química – ITQ na Universidade Politécnica de Valencia – UPV sob a orientação do Dr. Avelino Corma e Dr. Vicente Fornés (1993 - 1997). Como colegas e amigos de ITQ tive vários pesquisadores conhecidos hoje como: Fernando Rey, Cristina Martinez, Antonio Chica, Susana Valencia, Eduardo Palomares, Rut Gil, Julia Aguilar (Mexico), Lindoval Fernandes (Brasil), Pedro Arroyo (Brasil), entre outros. De chefes (pesquisadores) tínhamos além do Avelino Corma e Vicente Fornes, Agustín Martinez, José Manuel Lopez Nieto, Amparo Mistud, entre outros.
Bom, nesta época morávamos no ITQ, praticamente passávamos 16 horas por dia lá, estávamos sempre trabalhando e inventando algo. Era um ambiente muito agradável. E muitas vezes saímos do ITQ e íamos “de copas” por aí. Tempos muito bons. Eu consegui desenvolver uma tese que tenho muito orgulho, desenvolvi a ITQ-2, aprimeira zeólitadeslaminada, e isso abriu um novo campo de estudo na área de zeólitas: as zeólitas lamelares. Como resultado deste trabalho, fizemos uma patente europeia e depois mundial, a Shell comprou a patente, publicamos um artigo na Nature, foi muito legal ver todo o esforço recompensando e o resultado da tese sair do laboratório e ir para a indústria. Logo depois disso voltei para o Brasil, apesar de ter tido convites para ficar na Espanha e para ir trabalhar na Shell na Holanda, quis voltar ao Brasil. E acabei ficando 5anos vivendo de bolsas (época Fernando Henrique Cardoso), tive bolsa de recém doutor, trabalhei de professor substituto, fiz pós-doutorado, tudo na UFRGS no IQ com a Profa. Dra. Ione Maluf Baibich que tenho maior admiração e carinho. Nesta época me reencontrei com os amigos Zeca e Katia e fiz muito outros, como Roberto Fernando de Souza, MichèleOberson de Souza, Rogério Dallago, Anelise Gerbase, entre outros. Essa época de UFRGS (1998 a 2001) foi muito boa para mim, apesar de estar vivendo de bolsas e no limite, estive perto da minha família (em Porto Alegre) e tive minhas duas filhas (Caterine e Malena). Minha pesquisa nesta época foi voltada para catalisadores automotivos em que eu incorporava metalcabonilas (de Mo e W) em diferentes suportes zeolíticose mesoporosos.
Foi bem legal, aprendi muito. Nesta época fizemos uma colaboração com o PLAPIQ em Bahia Blanca onde trabalhamos com Daniel Damiani e Carlos Gigola. Neste tempo de UFRGS, eu comecei a ficar bem atuante na Catálise e participava de todos os eventos de catálise (CBCats e Iberos). Nestes eventos fiz muitos amigos um dos quais foi o saudoso Victor Teixeira, Luis Pontes, Silvia e Zeca da UNB, Marco Fraga, entre muitos outros...... Com o pessoal da UFRGS, organizamos um CBCAT em Bento Gonçalves em 2001. E nesta época eu já estava me mudando para Erechim onde consegui trabalho no Curso de Química da URI. Trabalhei em Erechim de 2001 a 2010. Lá montei o laboratório LAQAM de química ambiental e pesquisei em síntese de materiais como zeólitas e argilas pilarizadas. Nesta época tinha como colega e amigos Rogério Dallago, Fábio Garcia Penha, entre outros. Em 2010 fiz o concurso para UFRN na área de Química de Petróleo com um apoio muito grande dos amigos Alexandre Leiras, Victor Teixeira e Katia Gusmão (minha BFF). Foi uma mudança muito grande na minha vida, sair do Rio Grande do Sul para o Rio Grande do Norte.
Na UFRN eu montei o LABPEMOL, Laboratório de Peneiras Moleculares, trouxe vários alunos de Erechim para cá (mais de 12), hoje pesquisamos sobre síntese, caracterização e aplicação de peneiras moleculares.Mais especificamente sobre síntese de zeólitas, materiais mesoporosos, argilas pilarizadas, materiais lamelares pilarizados e desalminados. As aplicações são em catálise a adsorção. Na UFRN fiz muitos amigos catalíticos também como Anne Gabriella e o Vinícius Caldeira (estes dois hoje professores da UERN), entre outros.
Hoje estou como Presidente da Sociedade Brasileira de Catálise, a qual tenho muito carinho, porque me trouxe muitos amigos, muitas oportunidades de aprendizado, crescimento pessoal e profissional. Me considero uma pessoa feliz, afortunada, sempre consegui o que me predispus a fazer, e acho que foi porque sempre tive amigos que me apoiaram e sempre trabalhei muito para conseguir superar os desafios.
Eu nasci e cresci em Porto Alegre. Meus pais, apesar de não terem tido acesso nem ao Ensino fundamental completo, sempre, entusiasmaram e apoiaram minha irmã e eu a estudar. Estudei em 3 excelentes Escolas (Todas Públicas). Confesso que eu que escolhi a do segundo grau (Ensino Médio). Minha escolha teve duas razões: a Escola Estadual Dom João Becker era conhecida como uma escola pública com uma formação bem exigente, o que me parecia o caminho para ingressar na Universidade Pública. Além disso, o ensino era profissionalizante. Lá tive a oportunidade de escolher a ênfase em Auxiliar de Laboratório de Análises Químicas. Depois de muita química e muita matemática o Vestibular (meu objetivo) nem me pareceu algo duro (como era na época). Ingressei na UFRGS, em Química.
Inicialmente, pensava que iria ser da área Industrial e optei pela ênfase Química Industrial. Nesta época (1985) que conheci minha atual melhor amiga, a catalítica Sibele Pergher. Durante a graduação fui monitora de Química Geral, tendo como colega meu amigo, também catalítico, José Ribeiro Gregório. Minha Iniciação em Pesquisa foi em Ecologia. Fui bolsista do CNPq, no Centro de Ecologia da UFRGS durante 3,5 anos, sendo orientada pelo Prof. Dr. Tuiskon Dick. Este período foi muito importante na minha formação, pois foi quando foi cultivada em mim a metodologia científica. Ao concluir o curso surgiu o desejo de realizar o Mestrado em área mais próxima da Química do que a experiência que a Ecologia me proporcionava. Na época, a seleção de Mestrado no PPGQ/UFRGS era só em março e eu me formei em julho. Então, por sugestão do colega catalítico, Adriano Lisboa Monteiro, fui conversar com o jovem Professor Roberto Fernando de Souza, que tinha uma Bolsa do CNPq de Aperfeiçoamento em Catálise.
Ingressei no Laboratório de Reatividade e Catálise (LRC) em 1990. Após o aperfeiçoamento ingressei no Mestrado, sob orientação do Prof. Roberto Fernando de Souza e da Profa. Michèle Oberson de Souza. Na minha Dissertação de Mestrado estudei o efeito da adição de fosfinas em reações de oligomerização do propeno catalisadas por complexo de níquel. Tendo em vista que quando conclui o Mestrado não existia ainda Doutorado no PPGQ/UFRGS usei a experiência do Prof. Roberto para a escolha onde desenvolver minha Tese. Ele me sugeriu fazer Doutorado pleno no Laboratoire de Chimie de Coordination (LCC), na Université Paul Sabatier – Toulouse, França, sob a orientação do Dr. Bernard Meunier. Na minha Tese desenvolvi novas bases de Schiff de Manganês visando a epoxidação enantiosseletiva de olefinas.
Com a experiência do período que tive a oportunidade de ser do grupo do Dr. Meunier acabei tendo uma formação complementar a do Roberto e da Michèle e fui convidada a retornar ao LRC. No meu retorno ao Brasil, fui bolsista Recém-Doutora (atual PDJ), sob supervisão do Roberto, estudando a epoxidação enantiosseletiva em sistemas bifásicos usando líquidos iônicos. Durante este período fui no 9° Seminário Brasileiro de Catálise, Evento em que foi fundada a SBCat. Com isso, me tornei sócia fundadora da SBCat, a qual sou atual Vice-Presidente. Neste mesmo Evento foi decidido transformar os nossos Encontros em Congressos e surgiu os queridos CBCATs. Gosto muito de participar de Eventos Científicos, mas o CBCAT é, sem dúvida, o que me sinto mais entre amigos e que adoro reencontrá-los e conhecer novos colegas. Tenho muitos amigos graças aos Eventos da Sociedade.
Na sequência, fui Professora Substituta do Departamento de Química Inorgânica da UFRGS (período que minha amizade com Sibele Pergher foi fortalecida enormemente). Depois, Pós-Doc, sob supervisão do Roberto, desenvolvendo novos complexos de níquel (com ligantes iminofosforanos e fosfóis) para oligomerização de olefinas em meio homogêneo e bifásico. E novamente substituta (longo período sem Concursos no Brasil, era Fernando Henrique).
Fui Professora horista da UNISC, por indicação do também catalítico Celso Camilo Moro e Professora da URI-Campus de Erechim a pedido dos meus amigos (principalmente Sibele Pergher), que estavam em um curso novo e sem um Professor que tivesse formação para dar o tópico de complexos de coordenação na disciplina de Química Inorgânica. Foi meu primeiro contrato por tempo indeterminado (que emoção para a época!). Porém, tinha assumido este compromisso principalmente por eles, pois Erechim é a 500 km de Porto Alegre, meu marido já era Professor na UFRGS e minha filha era bem pequena nesta época. Neste período já tinha tido todas as bolsas que o CNPq oferecia. Fiquei 2 semestres na URI, mas o CNPq criou a DTI-D, sendo assim pude assumir uma bolsa DTI-D em uma parceria LRC/CEPPED/BRASKEM, sob supervisão do Roberto (só para variar, hahaha) e sugerir ao meu amigo catalítico Marcelo Priebe Gil para assumir a Inorgânica da URI. Após o primeiro ano da bolsa DTI-D ocorreu o sonhado concurso na UFRGS, no qual eu e o Marcelo fomos aprovados.
Na Pesquisa, para a minha felicidade, me foi atribuído espaço físico com Roberto e Michèle, no LRC, Laboratório que eu já considerava minha casa. Ao ingressar na Universidade já iniciaram as orientações, muitos alunos já me conheciam por estar há tanto tempo por lá e também vieram (e ainda vem) muitos alunos da URI fazer pós-graduação comigo. Com isso, acabei descobrindo que aquele momento que pensei que estava só ajudando meus amigos, indo trabalhar na URI, fez toda a diferença no meu atual número de orientações de Mestrado, Doutorado e de supervisões de Pós-Doutorado. Após ingressar na UFRGS como Professora tive a oportunidade de desfrutar, como colega, da experiência do Roberto em nossas discussões científicas do LRC durante 7 anos. Nesta fase, o LRC já contava com mais Professores no grupo, entre eles José Ribeiro Gregório e Emilse Martini.
A partida precoce do Roberto nos abalou muito, mas conforme já relatei no in memoriam do Roberto, encontrar os alunos no dia seguinte a sua despedida no Laboratório dizendo que estavam fazendo as reações que combinaram com o Roberto, pois certamente seria o que ele esperaria deles nos encheu de coragem para continuar. A Equipe do LRC, atualmente, conta com mais Professores. Se juntaram a nós a catalítica Elisa Coutinho e a Eletroquímica Cristiane Oliveira. Além disso temos excelentes estudantes de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado, os quais tornam nosso grupo muito especial para mim!
No LRC, oriento trabalhos em desenvolvimento de novos precursores catalíticos para a oligomerização e polimerização de olefinas, síntese de materiais com porosidade controlada para serem aplicados, principalmente, como suportes. Heterogeneização de catalisadores em zeólitas, materiais mesoporosos, argilas e fibras de carbono ativo. Os catalisadores heterogeneizados são aplicados em reações catalíticas de oligomerização e polimerização de olefinas e em uma linha de pesquisa de conversão de CO2 a carbonatos cíclicos, policarbonatos, ácido fórmico e metanol. Nosso tema mais recente é a síntese e aplicação de Ni-MOFs em reações de oligomerização de olefinas. Este texto descreve parte da trajetória que me torna QUEM SOU.
Começo estas palavras parafraseando um grande amigo e recente aqui no portal SBCat - “Escrevermos sobre nós mesmos é uma tarefa ardilosa, pois ou caímos na armadilha da humildade excessiva ou na armadilha de fingirmos que alguém fala sobre nós - Alexandre Leiras”. Este relato mais parece uma estrada na Serra do Mar, cheia de curvas e cheia de belezas da natureza, sempre entre amigos. Eu me formei em Engenharia Química em dezembro de 1990, na Universidade Estadual de Maringá - UEM, Cidade onde ainda hoje mora grande parte da minha família. Foi lá, ainda no Colégio Santa Cruz que me interessei pela química nas fantásticas reações realizadas pela Irmã Celsa (in memorian) e pouco mais tarde em um programa tão importante de IC me levou ao interesse pelas “zeólitas”. Na sequência consegui um estágio no CENPES/Petrobras RJ em Janeiro de 1990, onde conheci Prof. Eduardo Falabella de Souza Aguiar (meu orientador de estágio, coorientador de Mestrado e Doutorado e exemplo na vida), os amigos José Marcos Ferreira, Alexandre Fiqueiredo, Luiz Fernando Álvaro e Marcelo Barboza, quando acompanhei testes piloto para a Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC S/A).
Em fevereiro de 1991, ingressei no Mestrado DEQ/UFScar, sob a orientação do prof Dilson Cardoso e imediatamente comecei uma negociação entre Reitoria UFScar e CENPES para um convênio “guarda-chuvas”. Convênio este que fui bolsista durante mestrado e doutorado, patrocinado pela FCC S/A. Já em março, conheci a porfª Sibele Pergher (em um curso CYTED sobre Zeólitas com Prof Gianetto) em São Carlos e ficamos amigos e companheiros de trabalho até hoje, nossa primeira cooperação científica, quando trocávamos análises e discussões sobre sínteses. Foram contemporâneos deste programa na FCC-S/A os então colegas, hoje grande amigos, Prof Alexandre Leiras, Prof. Pedro Arroyo e Prof. Lindoval Fernandes. As atividades durante o Mestrado foram compartilhadas entre UFScar - FCC S/A - CENPES com a inestimável colaboração do Dr. Jorge Gusmão (in memorian). Já durante o período de doutorado, além destas cooperações, tive a imensa satisfação de passar um período de 17 meses na Université de Poitiers, sob a colaboração com Prof. Michael Guisnet.
Meu primeiro congresso importante foi o 7º Seminário Brasileiro de Catálise, 1993, Gramado RS, com apresentação do trabalho “Desaluminização cíclica da zeólita Y”, trabalho este que nos levou a ganhadores do importante Prêmio Plínio Cantanhede em 1994, como melhor contribuição à ind´sutria do Petróleo, tendo concorrido 13 áreas patrocinadas pelo IBP, com mais de 10 mil trabalhos científicos realizados entre 1990 e 1994.
Em 1998, após a finalização do doutorado, passei um período de 8 meses na UFAL (como pesquisador visitante CNPq-DR, com acompanhamento da profa Maritza Montoya e Prof. Altair Marques), 20 meses na UFRN (como professor Visitante DEQ e IQ, onde fui muito bem recebido pelos profs Gilson Medeiros, Dulce Melo e Marcus Melo), 9 anos na UNIFACS Universidade Salvador (como coordenador do curso de EQ e pesquisador nas Redes RECAT e RECOL, onde tive excelentes trabalhos com Prof. Luiz Pontes, Prof. Prof. Paulo Guimarães, Prol Leonardo Teixeira e Prof.ª Luciene Carvalho), 18 meses no CENPES (como consultor de tecnologia e projetos, com Dr. Eduardo Falabella) e finalmente, voltei para a UFRN no Instituto de Química, para colaborar com a produção do Curso de Química do Petróleo, tendo sido vice-coordenador de curso e atualmente Diretor do Instituto de Química - IQ/UFRN.
Ao longo desses mais de 30 anos, foram muitas participações de Seminários e Congressos Nacionais e Internacionais, Mundial de Catálise, Mundial de Zeólitas, com destaque para a organização alguns CBCat’s e a coordenação geral do 5PDPetro (Salvador-BA). Tive muitos aluno de IC’s, de TCC’s, de mestrado e coorientações de doutorados. Fui coordenador de curso, Vice-Diretor de Departamento Engenharias (UNIFACS), Vice-coordeador de Redes de Pesquisa, Coordenador de PRH-ANP (por mais de 9 anos), consultor de projetos, muitas colaborações de pesquisa e tecnologias. Sempre procurando a somar esforços para o desenvolvimento e as cooperações entre universidade, empresas e sociedade. Atualmente, além do trabalho administrativo na Direção do IQ/UFRN, colaboro com de grupos de pesquisa importantes neste Instituto nas áreas de Catálise, Meio Ambiente, Petróleo e Derivados.
Posso não ter citado, nas “curvas da minha estrada da serra do mar” todos os nomes de grande amigos e grandes profissionais que tive ou ainda tenho relações importantíssimas de amizade e de trabalho, mas estão todos contemplados na minha trajetória e memória.
Po último, gostaria de destacar que não há nada mais importante para um professor quando se recebe uma mensagem pessoal de final de curso ou final de tese agradecendo e demonstrando o reconhecimento pelos ensinamentos e trabalho conjunto. Posso dizer que não foram poucos.